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Os afetos e a pandemia

É este o desafio maior para o futuro: a instituição permanente de tão belos sentimentos. Sairemos da batalha cansados mas também melhores profissionais, mais generosos, mais ricos em afetos!
20 abr 2020 min de leitura

Basta-nos ligar a TV, acordar com uma qualquer estação de rádio como despertador, fazer um refresh numa das nossas redes sociais, para sermos atingidos por uma enorme rede de afetos. Multiplicam-se por todo o País e em cada canto do mundo, atitudes de bondade e gestos de amizade e amor ao próximo que queremos que sobrevivam a esta pandemia. O que se deseja é que estes afetos se sobreponham e perdurem mesmo perante o mínimo sinal de recuperação à vista. Saliento as agora muito comuns manifestações diárias de carinho entre vizinhos... pessoas que nunca se tinham visto até aqui gozam por estes dias da possibilidade de cantar, dançar, aplaudir e até cantar os parabéns uns aos outros através das suas varandas. O jovem tímido que se transformou em DJ de Bairro, o Pároco que percorre a localidade exclamando palavras de ânimo e força, o cônjuge da nobre enfermeira que por se encontrar em serviço se vê privada dos seus, e que decidiu fazer soar a sua música por cerca de 12 ruas para alegrar os outros, são alguns exemplos do que de bom se tem tentado fazer pelos demais. 

Na nossa atividade passa-se exatamente o mesmo. A relação com os outros fortificou-se. O telefonema deixou de ser meramente comercial e informativo, para dar lugar a um telefonema de proximidade, de oferta e, tantas vezes, só para se ser ouvinte. O email, previamente metódico e pragmático, leva agora palavras de força e esperança refletindo uma genuína preocupação com o outro. Haverá, na mediação imobiliária, algo mais bonito do que ganhar um amigo em cada cliente? O reforço destes laços sai a ganhar e nós, como seres humanos, também. Entre equipas, agora distanciadas por écrans e tecnologias, o ponto alto do dia de teletrabalho, passou a ser a videoconferência em substituição da pausa para café e os telefonemas passaram a ser diários... temos saudades uns dos outros e isso é inegável. Sabemos que os abraços pendentes não perdem por esperar.

É este o desafio maior para o futuro: a instituição permanente de tão belos sentimentos. Sairemos da batalha cansados mas também melhores profissionais, mais generosos, mais ricos em afetos!

 

Texto: Lurdes Duarte

Imagem: Photo Mix por Pixabay

 

 

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