Uma pequena perspetiva dos moradores do Algarve no verão .

Para quem vive permanentemente no Algarve o período de férias de verão pode ser tanto desgastante quanto espantoso. Desgastante porque o aumento da população nesses meses quebra o ritmo de vida mais calmo e pacato dos residentes, espantoso porque esse mesmo aumento de população traz vida e cor à região.  

Percorrendo o Algarve encontramos vários tipos de turistas, na zona chamada de triângulo dourado (Algarve central), composta por Quinta do Lago, Vale de Lobo e Vilamoura onde se encontram vários restaurantes com estrelas Michelin, hotéis de luxo, campos de golfe, praias magnificas e muito mais, encontramos um tipo de turismo mais maduro e que aprecia zonas mais calmas e luxuosas. 

Em outras zonas do Algarve aparece um turismo mais jovem que desfruta da uma grande oferta de bares e festejam em grupo até ao amanhecer, as vezes em grandes festas e euforias, outras vezes não pelas melhores razões geram alguns desacatos, como todos sabemos. 

Por outro lado, temos as famílias com crianças que gostam de passar o dia na praia e fazer passeios para descobrir o melhor que o Algarve tem para oferecer. Esse tipo de turismo proporciona às nossas crianças residentes a oportunidade de fazer novas amizades e contactar com diferentes culturas e talvez quem sabe despertar-lhes o gosto de um dia viajar e conhecer o mundo. 

Todos os residentes, pela menos uma vez, queixam-se do verão, por exemplo do aumento do trânsito, das longas filas no supermercado, dos vizinhos mais ruidosos ou do aumento dos preços nos restaurantes, mas a parte boa que o turismo nos traz supera em grande escala a parte menos boa. 

Em resumo como habitante desta fantástica região tenho de admitir que o turismo é fundamental para o desenvolvimento da nossa região, conhecemos outras culturas e convivemos com pessoas diferentes todos os anos, para além disso o turismo é sem dúvida alguma a grande fonte económica do Algarve, por isso são todos bem-vindos a nossa casa nos meses de verão. 

Autora: Rita Cartaxo