NOVIDADES, Imobiliario O mercado imobiliário português continuará a ser um mercado aquecido! As perspetivas para o mercado imobiliário em Portugal evidenciam a necessidade de uma ação decisiva e de estratégias inovadoras. O reforço das políticas públicas de habitação e o fomento da inovação poderão criar um mercado mais equilibrado no futuro. O sucesso destas iniciativas dependerá da tradução dos planos em... 01 mar 2025 3 min de leitura O mercado imobiliário português continuará a ser um mercado aquecido! O mercado imobiliário de Portugal enfrenta desafios contínuos, uma vez que se espera que os preços continuem a subir até, pelo menos, 2026. A persistente escassez de mão de obra, estimada em mais de 90.000 trabalhadores, e o aumento dos custos de construção, mesmo com a estabilização dos preços dos materiais, contribuíram para esta tendência. Desde 2015, os preços da habitação mais do que duplicaram, refletindo uma procura sustentada e uma oferta limitada. Entre 2015 e 2023, os preços da habitação subiram 105,8%, com o valor médio de avaliação bancária a aumentar 11% nos primeiros dez meses deste ano face ao mesmo período do ano passado. Os investidores estrangeiros injetaram mais de 2,5 mil milhões de euros no setor imobiliário em 2024, enquanto o saldo migratório acrescentou mais de 155 mil pessoas no ano anterior, intensificando as pressões da procura. Do lado da oferta, o número de unidades habitacionais recém-licenciadas em 2024 foi de apenas 28.000, ficando aquém de atender à crescente demanda. Taxas de juros mais baixas e iniciativas governamentais, como isenções fiscais para compradores mais jovens, alimentaram ainda mais a demanda. No entanto, atrasos administrativos e retrocessos em programas como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) agravaram a escassez de oferta. A introdução do programa "Construir Portugal" em 2024 procura resolver estas questões através de incentivos fiscais, reformas urbanas e apoio à habitação acessível. O Orçamento do Estado para 2025 destina mais 2,8 mil milhões de euros para acelerar a construção e renovação de habitação social, apontando para 59 mil unidades até 2030. Apesar desses esforços, analistas alertam que o impacto provavelmente se materializará apenas no médio prazo, deixando desafios de curto prazo sem solução. As projeções sugerem que os preços da habitação continuarão a subir, mesmo com a estabilização das taxas de juro. A sustentabilidade futura do mercado da habitação depende da implementação bem-sucedida de políticas destinadas a aumentar a oferta de habitação a preços acessíveis. Um planeamento urbano eficaz e uma gestão coordenada dos recursos públicos e privados serão cruciais para dar resposta às necessidades da população. Métodos inovadores, como a construção modular e industrializada, são vistos como potenciais soluções para reduzir custos e estabilizar preços. No entanto, a escassez de mão de obra e os obstáculos burocráticos continuam a ser riscos significativos que podem atrasar o progresso. As perspetivas para o mercado imobiliário em Portugal evidenciam a necessidade de uma ação decisiva e de estratégias inovadoras. O reforço das políticas públicas de habitação e o fomento da inovação poderão criar um mercado mais equilibrado no futuro. O sucesso destas iniciativas dependerá da tradução dos planos em resultados tangíveis, garantindo que a habitação a preços acessíveis se torne acessível a uma população mais vasta. Abordar essas questões estruturais é essencial para estabilizar o mercado e atender à crescente demanda de forma eficaz. NOVIDADES, Imobiliario Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado