Pense, escolha e invista Comprar casa é das decisões mais importantes na vida de um cidadão. A aquisição de um bem imóvel poderá ser para uso próprio ou poderá ser vista como um bom investimento. Existem, no entanto, alguns fatores que se devem ter em consideração na hora de avançar para a compra de uma habitação, por forma a poder poupar mais... 13 mai 2020 min de leitura Comprar casa é das decisões mais importantes na vida de um cidadão. A aquisição de um bem imóvel poderá ser para uso próprio ou poderá ser vista como um bom investimento. No que respeita a rentabilidade no segmento residencial em zonas prime pode variar entre os 4% e os 5%. Já diz o ditado “Ano novo, vida nova”; uma forma de levar esta expressão à letra pode ser através do investimento numa nova habitação, mas no ponto de situação em que nos encontramos, poderemos revisitar o ditado, alterando-o para:” Covid-19, vida nova”. Existem, no entanto, alguns fatores que se devem ter em consideração na hora de avançar para a compra de uma habitação, por forma a poder poupar mais uns euros e não correr riscos de endividamento. Por outro lado, a aquisição de uma casa pode também ser uma boa fonte de rendimento. Saiba analisar todas as vertentes necessárias para conseguir fazer a melhor escolha para si. Aconselho a que: Reflita no preço de aquisição Caso tenha um orçamento para aquisição muito baixo pesquise, obtenha informações e só depois escolha. Uma das maneiras de encontrar casas a preços mais baixos é nos leilões levados a cabo pelo Fisco, nas insolvências e nos imóveis da banca. Caso opte por comprar alguma, informe-se que existem condições vantajosas de financiamento, que em alguns casos pode ser de 100%. No entanto, estes imóveis podem estar a necessitar de obras ou ter outras condições que impliquem uma análise mais profunda. Principalmente, informe-se antes de comprar. Se a sua decisão passa por comprar casa pode antecipadamente começar a poupar, para conseguir uma boa entrada. Assim, vai obter mais facilmente o financiamento e dessa forma pagar o empréstimo durante menos tempo. Com esta medida vai também poder pagar prestações mais reduzidas, bem como poupar nos juros. Não dê um passo maior que a perna Antes de avançar para a compra de casa reanalise o seu orçamento mensal e faça contas sobre aos seus gastos mensais, para perceber quais são as despesas que costuma ter, de forma a saber qual o valor que pode dispensar para o empréstimo. Compre a habitação apenas se for possível, para evitar problemas desnecessários no futuro. Relacionado ainda com as despesas mensais, mesmo cenário aplica-se na escolha da casa. Não compre uma residência que não pode pagar ou que seja demasiado grande para as suas necessidades. Opte por um espaço adequado ao seu agregado familiar e assim não terá despesas desnecessárias no futuro. Na hora de escolher a casa Depois de analisar todos estes parâmetros e perceber que é viável adquirir uma habitação, é hora escolher a casa. Opte pela Casaibéria Mediação Imobiliária, que pode ajudar a encontrar o imóvel que pretende e igualmente auxiliar na comparação das condições de financiamento bancário, que se revelem mais vantajosas para si. A localização do imóvel poderá ser benéfica quando se procura poupar e investir na compra de uma habitação, por isso aconselho “Procurar zonas onde a oferta for inferior à procura, ou seja, onde os preços durante a crise não desceram mais de 10%”. Considerando que a compra é feita na perspetiva de investimento, as yields (margens de lucro) que, por norma “estão associadas a pequenos montantes, que nunca são inferiores a 200 mil euros”, tornando “difícil encontrar investimentos no imobiliário direto abaixo deste valor”, Na hora de comparar o peso do lucro e da poupança, é necessário ”tentar perceber, por exemplo, que renda irá gerar um apartamento de 100 mil euros. Se conseguir uma renda de mil euros anuais está a fazer um mau investimento, porque há investimentos alternativos que lhe dão mais rendimentos”, contudo, “se conseguir uma rentabilidade de 10% está a fazer um ótimo investimento, porque a rentabilidade duplica”. Isto porque, “a rentabilidade típica no investimento residencial anda entre os 4% e 5%, nas zonas prime. Se com esse apartamento conseguir uma rentabilidade acima desse valor está claramente a fazer um bom negócio.” Outra análise que deve fazer é “perceber se está a comprar, em termos do m2, abaixo ou acima do preço da zona. Se for acima está a fazer um mau negócio, a menos que esse apartamento tenha alguma característica diferenciadora, como é o caso de um jardim”. Como referido anteriormente o mediador imobiliário pode ajudar num investimento mais adequado aos seus interesses financeiros e de rentabilidade. Um dos casos são Insolvências, onde pode comprar e investir num tipo de imóvel ou imóveis a um custo mais baixo do que os valores de mercado, pois, após esta Crise do Covid-19, poderá existir mais oferta de imóveis provenientes de insolvências, proporcionando uma altura ideal para investir. Compreender qual o momento para fazer um bom investimento A compra por licitação vai ter um retorno superior ao da Banca, onde os imóveis em leilão, provenientes de insolvências e penhoras, podem e estão já a ser comprados a pronto. Independentemente do Covid-19 este negócio continua a atrair muitos portugueses e, quando surgem ativos de grande valor, também atrai estrangeiros e fundos de investimento. Os objetivos são vários, desde compra para segunda habitação, reabilitação para venda ou arrendamento e turismo. O regresso do investimento ao setor vai inflacionar os preços. As identidades confirmam que os portugueses estão “a aplicar as suas poupanças em ativos imobiliários” e “procuram os leilões públicos para fazer esses investimentos”, numa tentativa de obter maiores rendimentos face aos que hoje os bancos oferecem. Ou seja, “É um processo de equilíbrio. A Banca fica com menos depósitos, mas recupera créditos”. Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), adianta que o número de investidores leva “a crer que se passou do especulador normal para o investidor, pessoas com uma rápida capacidade de endividamento ou fundos próprios”. Tem existido “Um crescimento magnífico, acima de qualquer expectativa”. Segundo a LeiloSoc, esta colocou no ano passado 1200 imóveis no mercado, num valor global próximo dos 20 milhões de euros. A grande fatia (85%) foi comprada por portugueses. Atualmente, as carteiras já não têm ativos tóxicos, contudo 60% respeitam a insolvências de famílias e 40% a empresas, onde a tendência é de se inverter. Há poucas semanas, a LeiloSoc promoveu um leilão, cujos ativos tiveram uma valorização de 30%. “As pessoas estão com vontade de comprar”. As vendas a estrangeiros continuam a existir, mas “são vendas de imóveis premium, onde se convida um grupo de investidores a analisar os ativos que, normalmente, são edifícios com desenvolvimento turístico ou comercial, que estão em processo de insolvência”. No ano anterior registaram-se 56 573 licitações, resultando em vendas de 482 milhões de euros. Para Luís Lima, presidente da associação de mediação imobiliária APEMIP, “os leilões são um fenómeno da altura da crise”. O responsável considera que “o perfil do comprador mudou, é alguém que anda à procura de um bom negócio”. Existe uma crise sanitária neste momento, mas nem tudo são más notícias. De facto, o número de insolvências singulares apresentou uma quebra e as de empresas aumentou, podendo haver por isso a possibilidade de bons investimentos no futuro. Texto: José Costa Fontes: Portal Citius; APEMIP; OSAE -Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução; APLARTE - Associação Portuguesa das Leiloeiras; Imagem: mastersenaiper por Pixabay Partilhar artigo FacebookXPinterestWhatsAppCopiar link Link copiado