Estrangeiros compram cada vez mais casas com valores acima da média nacional

Estrangeiros compram cada vez mais casas com valores acima da média nacional

Em média, os não residentes pagaram 176,4 mil euros por imóvel em Portugal, valor que fica 56,8% acima do valor médio global do mercado imobiliário português.

No entanto também é verdade que os mesmos estão a comprar menos imóveis em Portugal, mas por valores cada vez mais elevados e distantes do preço médio praticado no país.

Em 2019, os não residentes representavam cerca de 13% do valor total transacionado no mercado imobiliário português, mantendo-se o português líder nas transações com um volume de 87%.

Estes dados foram divulgados a 22 de setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística Português (INE), assim no ano passado, foram transacionados 230.776 imóveis em Portugal no valor total de 25.955 milhões de euros. Significa isto que o valor médio dos imóveis rondou os 112,4 mil euros.

A cota parte da compra de imóveis em Portugal nesse período pelos estrangeiros e não residentes foram 19.520 (8,5%). No entanto pagaram 3.443 milhões de euros por estes imóveis, o que representa 13,3% do total.

Assim, o número de imóveis comprados por não residentes diminuiu 2% entre 2018 e 2019, mas o valor total pago por estes aumentou cerca de 1%.

Franceses são os que mais compram, chineses os que mais pagam.

Em 2019 os Franceses ou descendentes de origem Francesa, voltaram a ser aqueles que mais compram imóveis em Portugal, representando mais de 18% das aquisições feitas por estrangeiros. Já os britânicos representam os que mais adquirem imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros. Ao todo, em 2019, foram vendidos 976 imóveis acima dessa fasquia a residentes no estrangeiro; destes, 252 foram comprados por britânicos.

Apesar dos Franceses e dos Britânicos são os chineses que mais pagam pelos imóveis em Portugal. No ano passado, o valor médio pago pelos chineses foi de 373 mil euros por imóvel, mais do dobro do valor médio dos imóveis vendidos a residentes no estrangeiro.

Fonte: Jornal de Negócios e INE