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Imobiliario

Desaceleração dos Preços das Casas em Portugal! Mas cresceram 7% desde o inicio de 2024!

Os preços das casas em Portugal continuam a subir, mas a desaceleração observada nos últimos trimestres está a impactar o mercado imobiliário. O número de vendas e o montante transacionado diminuíram, refletindo um mercado em contração.
13 jul 2024 min de leitura
Os preços das casas em Portugal continuam a subir, mas a desaceleração observada nos últimos trimestres está a impactar o mercado imobiliário. O número de vendas e o montante transacionado diminuíram, refletindo um mercado em contração.
No início de 2024, registou-se um aumento de 7% nos preços das casas, a menor taxa de variação dos últimos três anos. Paralelamente, o mercado contraiu-se, com o número de vendas e o montante transacionado a cair para os níveis mais baixos desde 2020. Estes dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que reportou que, no primeiro trimestre de 2024, o índice de preços da habitação aumentou 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Esta taxa de variação é inferior à do trimestre anterior, que foi de 7,8%. Desde meados do ano passado, o crescimento dos preços da habitação tem vindo a abrandar sucessivamente a cada trimestre.
Um segmento do mercado, nomeadamente os alojamentos novos, já regista uma diminuição de 0,8% nos preços, enquanto os alojamentos existentes subiram 1,1%. Durante este período, venderam-se 33.077 casas em Portugal, totalizando cerca de 6,7 mil milhões de euros. O INE sublinha que este é o número mais baixo de vendas num só trimestre desde o segundo trimestre de 2020, início da pandemia de COVID-19. Excluindo o período pandémico, é necessário recuar até 2017 para encontrar um trimestre com menos vendas.
O montante total transacionado também está a cair, apesar do aumento dos preços, refletindo uma acentuada contração do mercado. O comportamento do mercado não foi uniforme em todo o país. Enquanto o Norte, o Centro e Setúbal registaram crescimentos, no Algarve e na Madeira as quedas nas vendas e no valor comercializado foram superiores a 20%.
A península de Setúbal resistiu melhor à tendência geral do mercado. No primeiro trimestre, venderam-se 3125 casas, um aumento superior a 1% em relação ao ano anterior, com o valor transacionado a subir 5%, totalizando cerca de 630 milhões de euros. No Norte, o número de vendas manteve-se quase inalterado, mas o valor transacionado cresceu cerca de 5%, atingindo quase 1,7 mil milhões de euros, representando 25% do mercado imobiliário residencial.
Em Lisboa, apesar da queda de 5% no número de vendas, o aumento dos preços permitiu um crescimento de quase 1% no valor global comercializado, totalizando mais de 2,1 mil milhões de euros, quase um terço do montante nacional.
No Algarve, houve quedas acentuadas. O número de vendas caiu mais de 25%, atingindo o valor mais baixo desde o início da pandemia, e o valor transacionado recuou cerca de 22%, para 733 milhões de euros, um mínimo dos últimos três anos. Na Madeira, o número de vendas caiu mais de 22% e o volume transacionado diminuiu quase 18%, para cerca de 160 milhões de euros.
 
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