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Imóveis – Qual é a força do imóvel comparado com outras formas de investimento?

A forte queda da bolsa em fevereiro-março, mostrou que o bem imobiliário pode continuar a ser um porto seguro. A menor rentabilidade dos imóveis também atenua qualquer impacto imediato nos preços, uma vez que se manifesta sobre os existentes, que são muito mais voláteis. Um investimento em imobiliário nunca é feito para...
19 jun 2020 min de leitura
A forte queda da bolsa em fevereiro-março, mostrou que o bem imobiliário pode continuar a ser um porto seguro. A menor rentabilidade dos imóveis também atenua qualquer impacto imediato nos preços, uma vez que se manifesta sobre os existentes, que são muito mais voláteis. Um investimento em imobiliário nunca é feito para durar só um ano, mas sim, na maioria dos investimentos, uma forma de aplicação de capital que vai dando rendimento a longo prazo, por vezes de vinte ou mais anos. Lembramos que entre a última crise de 2008 e a presente somente passaram doze anos, e que mesmo que os imóveis venham a sofrer alguma queda no preço ainda temos 8 anos para recuperar! 

certeza de taxas de juro-chave historicamente baixas, graças ao Banco Central Europeu (BCE), é também um fator de apoio. As taxas de crédito imobiliário em Portugal têm em conta a das obrigações do Tesouro (a OAT a 10 anos), que se mantém próxima de 0.5 %. Então assim vai haver força e capacidade para uma breve recuperação. 

semanário Expresso publicava no dia 23 de maio, num grande artigo, que o património residencial das famílias não tinha parado de aumentar desde a crise de 2011/2013. E que a sua aceleração foi particularmente evidente em 2018 e 2019, tendo subido quase 19% nestes dois últimos anos. 

Estes dados vêm das séries anuais do património dos particulares recentemente atualizadas pelo Banco de Portugal. Estas permitem avaliar, a preços de mercado, a riqueza detida em alojamentos e terrenos adjacentes pelas famílias residentes no país. 

A taxa de volume de negócios do mercado residencial em Portugal tem-se mantido constante nos últimos anos, excluindo a fase da crise de 2008. Tem-se verificado também que o património particular em Portugal no final dos anos 80 era de 70% e hoje já não representa 50%. Entretanto surgiram novos fatores e o arrendamento a longo prazo vai crescer, uma consequência natural desse crescimento será um maior número de transações imobiliárias para esse fim.  

A taxa vai persistir a longo prazo, mesmo com o impacto de uma queda resultante de dois meses de inatividade. Com um confinamento forçado durante mais de dois meses, as necessidades de habitação das famílias permanecem inalteradas. 

Em todo o caso, o inflacionamento dos preços, temido no início do ano, vai ser evitado! O Coronavirus acalmou o mercado residencial. Os compradores provavelmente colocar-se-ão numa posição de ponderação, os vendedores que não estão com pressa serão tentados a retirar os seus imóveis da venda. Uma descida de 10 a 20% dos preços poderá vir a ser realidade, acima de tudo e principalmente nas vendas obrigatórias provocadas por divórcios, heranças, reforço de capital próprio e responsabilidades financeiras como créditos. 

Uma recuperação mais rápida do mercado imobiliário após a crise também é possível se o mercado bolsista se mantiver volátil e os compradores sentirem que podem comprar a preços mais atrativos do que no início de 2020. A grande incógnita aqui continua a ser o comportamento real dos bancos na conceção de créditos, apesar dos claros incentivos do BCE. 

A nova função do património imobiliário expandiu-se e ganhou ainda mais significado perante a crise sanitária. Lembrando o ditado popular “Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.”, significando que com a instabilidade da bolsa o investimento imobiliário sempre foi mais seguro que as promessas dos corretores, e sendo assim um porto seguro para o meu capital. Pode vir também a ter a função de conta poupança-reforma aplicada em imóveis e fundos imobiliários, pois têm sido os que mais resiliência demonstraram durante crise sanitária, e cujo efeito, comparado com os fundos baseados em ações da bolsa, saem ainda mais reforçados dessa imagem do que antes.  

Tomar consciência de que o dinheiro está protegido com a aquisição e manutenção da propriedade, e também ter uma habitação confortável que proporciona proteção física, especialmente contra o vírus, faz-nos entender que a ideia de uma propriedade foi reforçada. Graças ao teletrabalho, uma casa de campo a menos de duas horas do seu local de atividade profissional pode também tornar-se um escritório, um equilíbrio entre o prazer e o trabalho diário. 

O nosso ponto de partida enquanto empresa Casaibéria vai ser a preparação para o reforço de vendas a partir de setembro, altura em que acreditamos numa significativa retoma da atividade, e aproveitar o período de verão para quantificar a magnitude das consequências da crise, deixando para trás o tema da redução temporária dos preços, pois o tempo continua oportuno.

 

Texto: Paulo Lopes

Imagem: Jason Goh por Pixabay 

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