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Paciência é a palavra de virtude para o imobiliário em Portugal!

Meados de maio é normalmente a época do ano em que as casas se costumam vender com maior frequência, já que a primavera é sinónimo de nova vida e realização pessoal após o período de inverno. Mas a pandemia do coronavírus, o confinamento praticamente durante três meses, a falta de investidores estrangeiros, o aumento do...
09 jun 2020 min de leitura
Os vendedores de imóveis devem ter paciência à medida que o tempo vai passando e o mercado se vai reajustando aos efeitos da crise. 

Dizem que a paciência é uma virtude. Os vendedores de imóveis que tentam descarregar as suas propriedades durante esta crise COVID-19 podem ter de levar essas palavras a peito. 

Meados de maio é normalmente a época do ano em que as casas se costumam vender com maior frequência, já que a primavera é sinónimo de nova vida e realização pessoal após o período de inverno. Mas a pandemia do coronavírus, o confinamento praticamente durante três meses, a falta de investidores estrangeiros, o aumento do desemprego e a provável recessão económica estão a abrandar drasticamente o mercado imobiliário. 

Em março ainda continuávamos na rota para conseguir um ano de record, com uma procura muito acima do habitual a períodos homólogos dos anos passados, que por si já eram de extraordinário resultado no imobiliário em Portugal. Será que tudo isto foi em vão, e que agora por causa de uma crise sanitária tudo mudou?  

Para os compradores, é neste momento uma fase de análise e de prospeção como o mercado vai reagir a esta nova realidade. Para os vendedores, é uma fase na qual têm que ter paciência e significa apenas que devem estar preparados para que o processo de venda possa demorar mais tempo. 

Na quinta-feira dia 4 de Junho houve uma videoconferência muito interessante da SMARTUS, na qual Margarida Caldeira da Broadway Malyan explica que na Ásia os mercados já estão a retomar ritmos como antes da crise, e Francisco Horta e Costa da CBRE confirma que os efeitos da crise já vêm a ser a pouco e pouco ultrapassados em países como a China, os primeiros atingidos pelo novo coronavírus e a sofrer primeiro as consequências na economia. No entanto retomaram já alguns meses a sua atividade económica e demonstram uma recuperação significante na área do negócio imobiliário. Pedro Coelho da Square Asset Management também defende a ideia que o dinheiro para o investimento não desapareceu, e que terá de ser aplicado, pois não existem alternativas. Haverá certamente novas tendências que teremos de acompanhar na indústria imobiliária e podemos aprender com países como Singapura, Taiwan e outros na aplicação das novas realidades. 

O mercado imobiliário não é apenas um desafio para os vendedores. O número de novos anúncios de casas também caiu 28% em comparação com o mesmo período em 2019, como tal é mais difícil para os compradores encontrarem os imóveis que procuram. 

Isto pode ser surpreendente para muitas pessoas, mas os preços não desceram e, à data de hoje, os preços continuam ao nível do início do ano. E porquê? Apesar da economia estar neste momento em dificuldades e o desemprego a aumentar como também a elevada incerteza geral, continua a haver mais compradores do que vendedores. Esse desequilíbrio poderá resultar na manutenção dos níveis de preços nas próximas semanas e meses. 

Isto confirma-se também na tabela das variações de preços de venda em Portugal publicada pelo site Idealista.pt 

Texto: Paulo Lopes

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