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Como a covid-19 poderá redesenhar os contornos do mercado imobiliário?

A quase inexistência de transações imobiliárias neste momento dificulta a previsão da evolução dos preços do imobiliário, mas os profissionais já estão a notar alguns indicadores e tendências fortes de retoma. Isto, se a necessidade de confinamento não continuar. Nós, Casaiberia, estivemos abertos via teletrabalho e...
12 mai 2020 min de leitura
A quase inexistência de transações imobiliárias neste momento dificulta a previsão da evolução dos preços do imobiliário, mas os profissionais já estão a notar alguns indicadores e tendências fortes de retomaIsto, se a necessidade de confinamento não continuar. 

Há um ponto no qual todos concordam, o ano de 2020 já não vai ser ano record como estava previsto nos primeiros dois meses. Após dois anos recordes consecutivos, 2020 marcará uma queda acentuada no número de transações. A primavera é uma das estações mais importantes do ano: 15 a 25 % das vendas anuais geralmente ocorrem entre meados de março e finais de abril.  

Depois de 18 de maio, pode haver um efeito de recuperação, mas este atraso não pode ser absorvido. A conclusão dos processos em aberto levará várias semanas e o verão poderá ser mais silencioso do que o habitual, de acordo com as previsões dos notários e advogados. Será então necessário saber o que será possível concretizar e avaliar a real extensão da crise económica, que se seguirá à crise da saúde.  

Em todo o caso, mesmo os observadores mais otimistas não esperam um reboot total, mas estamos convencidos que até ao final do ano de 2020 o mercado imobiliário irá voltar a números semelhantes aos do final ano de 2019. 

Num inquérito realizado junto das empresas de mediação imobiliária a operar em Portugal, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), aferiu o impacto que a COVID-19 teve neste sector durante o mês de abril. 

Os resultados deste inquérito são reveladores da realidade que as mediadoras imobiliárias atravessaram no último mês. 50% das empresas inquiridas suspenderam totalmente a sua atividade e em 45,8% esta suspensão foi parcial. 

95,3% indicaram uma quebra do volume de negócios em abril e uma quebra da procura na ordem dos 92,5%. Além disso, 62,7% das empresas revela que a percentagem de desistências por parte de clientes de negócios em curso foi de 19,8%, chegando mesmo a desistir da compra após celebração do Contrato de Promessa de Compra e Venda (CPCV). “Estes números demonstram que a atividade esteve praticamente parada durante o mês de abril. Dentro em breve serão revelados os números oficiais que confirmarão esta realidade: estivemos encerrados devido ao plano de emergência nacional, mas temos consciência e congratulamo-nos pela eficácia que as medidas tomadas estão a ter no abrandamento da curva de propagação da epidemia” diz o Presidente da APEMIP, Luís Lima, que se congratula com a reabertura das empresas de mediação imobiliária nesta primeira fase de desconfinamento. 

Nós, Casaiberia, estivemos abertos via teletrabalho e telefone durante período análogo, como tal só tivemos uma queda na procura de 34.6 % e acreditamos numa retoma do mercado até ao final de 2020, ao mesmo nível do último trimestre de 2019. 

 

Texto: Paulo Lopes 

Imagem: Jörg Hertle por Pixabay 

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