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O Fado E A Alma Portuguesa

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem. Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste. O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar....
25 jan 2023 min de leitura

Toda a poesia - e a canção é uma poesia ajudada - reflete o que a alma não tem.

Por isso a canção dos povos tristes é alegre e a canção dos povos alegres é triste.

O fado, porém, não é alegre nem triste. É um episódio de intervalo. Formou-o a alma portuguesa quando não existia e desejava tudo sem ter força para o desejar.

As almas fortes atribuem tudo ao Destino; só os fracos confiam na vontade própria, porque ela não existe.

(Fernando Pessoa)

Não adianta tentar explicar o fado. Já muitos tentaram, de várias formas, mas nunca conseguiram. Uns dizem que o fado nasceu dos cânticos dos mouros que fundaram o bairro da Mouraria. Outros acreditam que veio substituir a canção medieval. A única certeza que existe é que a palavra fado tem origem latina que significa “destino” e que ninguém lhe fica indiferente depois de o ouvir.

O fado é emoção e quem o canta fá-lo com o coração na garganta e com uma emoção digna de se ver. Outra grande verdade é que não podemos falar de fado sem falar de Lisboa. Na realidade, o fado é a alma de Lisboa e dos seus habitantes, não há ninguém que cante tão bem o fado como o típico alfacinha (nome dado às pessoas que nasceram em Lisboa). O fado fala quase sempre de amores e desamores, de traições e sentimentos perdidos mas ao contrário do que quase sempre é dito, o fado nem sempre é triste, este é tantas vezes alegre, divertido, boémio e às vezes um pouco atrevido.

O fado tem origem no encontro entre os habitantes de Lisboa e dos marinheiros que a visitavam, um misto de namoros fugazes entre as varinas e os marinheiros, muitos nunca mais voltavam daí a identificação do fado a um sentimento triste e de saudade.

Lisboa não vive sem o fado, nem o fado sem Lisboa. Quem visita a nossa cidade rapidamente percebe que os dois se fundem perfeitamente nos bairros pitorescos da mesma como se da própria alma se falasse.

Lisboa, cidade à beira-mar plantada encanta qualquer um. Cidade inundada de história em cada canto há um pedacinho para descobrir e uma história para se contar. Quem passeia por Lisboa tem de estar sempre atento para que nada lhe escape. No chão as pedras de calcário e basalto formam autênticas obras de arte dificilmente encontradas noutras cidades da Europa. Mas não é só no chão que encontramos obras de arte, eles estão espalhados por todo o lado, enfeitando as fachadas das casas, colorindo muros, bordando as placas da rua, decorando interiores e exteriores de edifícios. Os azulejos são sem alguma dúvida outro marco essencial da cultura lisboeta. Há seculos atrás os azulejos começaram a ser utilizados para preservar a temperatura amena das casas, mas logo logo passaram para peça de decoração aquando pintados em homenagens aos mais bravos descobridores portugueses.

A cidade das 7 colinas (nome dado por muitos a Lisboa) viu nascer muitos poetas e escritores como Fernando Pessoa, Almeida Garret, Luís de Camões, Sofia de Mello Brayner, Almada Negreiros entre muitos outros que fizeram desta cidade sua confidente e inspiração. Talvez por isso seja protagonista de tantos textos e poemas espalhados pelo mundo e bem conhecidos de todos nós.

Quem visita Lisboa sabe que há algo mágico na sua luz, o que se sente ao descer cada colina até ao rio e ver a luz do sol refletida em tantas casas e telhados é algo inexplicável. Esta luz de que tanto se fala aquece o coração e faz sonhar qualquer um, talvez por isso relembro mais uma vez tenha seja sempre referenciada em muitos textos de diferentes autores.

Posicionada junto ao Atlântico, Lisboa tem no Rio Tejo um imenso espelho de água que ajuda a refletir ainda mais a luz sobre a cidade, dotada de um dos climas mais amenos da Europa, o que significa verões quentes sem serem insuportáveis e inversos frios, mas toleráveis. Lisboa atrai diversos turistas só pelo seu clima, não é de estranhar uma vez que é a capital europeia com mais horas de sol, chegando às 9 horas em média.

Do fado, às varinas, aos azulejos que embelezam as fachadas das casas, às pedras da calçada que traçam diversos caminhos, aos elétricos e aos bairros tao coloridos e pitorescos, são enumeras as razões para se apaixonar por Lisboa.

Deixe-se encantar pelas suas caraterísticas e pela alma do seu povo. Se está nos seus planos vir morar para a fantástica cidade de Lisboa dê uma olhadela no nosso site e deixe-se levar pelas nossas sugestões.

“Quem nunca viu Lisboa, nunca viu coisa boa”

(Proverbio popular)

Autora: Cláudia Ferreira

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